Memórias de uma abelhinha de Irati

Tudo vale a pena quando a alma não e pequena

Meu Diário
03/04/2017 22h02
Natais de outrora...

Tudo  parecia tão diferente dos de agora...

As luzes pareciam brilhar bem mais, e as cores eram mais vivas,e havia magia no ar, aos primeiros acordes da Noite Feliz...As pessoas sorriam mais umas as outras,parecendo dizer com o olhar.

-  Chegou o natal!!!.

Nas ruas iluminadas pelos pouco postes existentes, refletia uma luz diferente,mais viva, luminosa, querendo festejar também, a data maior da cristandade.Ate os animais pareciam mais dóceis, achegados aos seus donos, como se pressentissem o Natal batendo a porta.

Nos locais apropriados, as pessoas se mobilizavam felizes, preparando presentes doados aos mais carentes que perfilados, aguardavam pacientemente, a distribuição organizada, pela Legião Brasileira de Assistência a  nossa  LBA de Irati.

Quando os sinos começavam badalar, na capelinha das irmãs Canisianas chegara a hora mais esperada.

Papai Noel estava chegando, com seu saco de presentes nas costas,trazendo dentro não só presentes, mas felicidades também e na troca de cartões coloridos de Boas festas, suave perfume de amizade exalava.. .

A noite na Praça da Bandeira a festa continuava, ao som da Banda 15 de Julho, sob a regência do  Maestro Capitão Marino Pinto,que ficou em segundo lugar num concurso de Bandas, no  Circulo Militar de Curitiba, nos anos 60.

Meu pai também estava la tocando seu clarinete entre aqueles músicos abnegados, ao lado do seu amigo Antenor Spegiorim, enchendo de alegria  o meu  coração de criança feliz...

De todos  os presentes de natal,nem ele mesmo nunca soube ,mas foi  esse o que mais marcou, pois não se deteriorou, nem se perdeu no tempo,ficando vivo pra sempre em minha memória.

Guardo saudades de tudo, dos amigos da escola e tudo mais, porem são as noites dos natais de outrora que mais me comovem agora.no ocaso da vida Quando olho pra trás e não vejo nenhum resquício dos outros natais que vivi um dia, sinto imensa saudades, daqueles natais tão lindos de outrora.

 

 

 


Publicado por Memórias de uma abelhinha de Irati em 03/04/2017 às 22h02
 
01/04/2017 22h01
A sombra do pessegueiro

 

 

 

No chão salpicado de flores a sombra do pessegueiro,costumava contemplar as formiguinhas ao redor do formigueiro e ficava assombrada ao ver como o tamanho das folhas carregadas, era desproporcional a miudeza delas.
Num vai e vem elas se cruzam e se tocam,como numa saudação encorajadora.
Essa forte lembrança das formigas,ficaram pra sempre gravadas debaixo daquele pessegueiro,no fundo do quintal
Ao longe, uma sublime nota musical rasga os céus das minhas lembranças:
É a hora da Ave Maria... 
E olhando o céu se preparando pra receber o véu da noite, procuro pelas nuvens em forma de figuras, que se transformam...
De repente, o apito de um trem, qual fera ferida rasga o silencio  e corro pra janela do puxadinho pra ver a Maria fumaça passar.
São doces memórias...reminiscências...
Desde cada pétala caída da flor até o ouvir do cri -cri dos grilos que quase impedem que ouça a voz doce da minha mãe,me trazendo a realidade num chamado pra jantar.
Sentada no tosco banco de madeira ao redor da mesa,ainda penso no vai e vem daquelas formiguinhas,na sombra daquele pessegueiro e penso se estarão ainda lá no dia seguinte,continuando seu trabalho.
À caminho da escola no dia seguinte,não vi ninguém me esperando na saída
Seguia pelas ruas tranquilas da minha cidade, levando na mala os cadernos encapados com a verde cor da esperança de que um dia seria como as formiguinhas,tão solidárias e amigas.

 

 

 

 


Publicado por Memórias de uma abelhinha de Irati em 01/04/2017 às 22h01
 
01/04/2017 21h06
Rio de mel...

Irati

banhada pelo sol da minha infância...

Pelas doces lembranças
Pela saudade...

Nos caminhos das tuas ruas
Perco-me em recordações
E me encontro
Em devaneios...

Rio de mel diz o teu nome,,não é a tôa
És tão dôce e acolhedora
Sinto-me grudada em ti
Qual abelhinha da tua colméia.

A Santa lá da colina
Que em criança.ví surgir
Te abençoa e nos protege
Até hoje na distância
Sem cessar...

Envolvida entre as paisagens
Agarrada as lembranças
Vejo o Duque de Caxias
Ouço risos de crianças
Meu próprio riso...

Olho pra trás e nostálgica percebo
O quanto deixei de viver
Depois que parti, só sofri.

Pois mesmo aqui na distância
Meu coração ficou enterrado
Entre suas colinas..
 
Feliz cidade!
Que um dia me serviu de berço
Quem dera um dia voltar
Adormecer no teu regaço.

 


Publicado por Memórias de uma abelhinha de Irati em 01/04/2017 às 21h06
 
01/04/2017 17h08
Coisas de Irati

 

O velho ditado é quem diz:
Quanto maior a distância
maior a saudade...
Saudade de IR A TI  através
do seu poeta maior
Foed Castro Chamma
Voando nas asas da imaginação com
Marcolino, nosso bravo desbravador dos ARES
Outro apaixonado por Irati.

Nos CLARÕES DA NOITE  da Olguinha Zeni
Vejo as SOBRAS NO ESPELHO da Naiade Camargo
Revendo mais uma vez
ERA UMA VEZ IRATI  do Bronislowski
Relembro as FOTOS POÉTICAS do Joel Teixeira.
Meu amigo Iratiense.

Enquanto sob o olhar complacente da Santa do morro
Nossa Senhora das Graças de Irati, desprendem raios de sol
que preguiçosamente, se deita no horizonte, á espera da lua.

O mestre Orreda nos brinda com fotos do
Cinqüentenário de Irati em 57.
Filmado pelo Padre Tadeu Dziedic
Me vejo desfilando garbosa
Ao som do Hino de Irati.

Nascer num vale de mel é tão doce
Que quis ser também  uma das tuas abelhinhas
Pra carregar nas asas da imaginação
Todas as coisas contidas dessa Pérola do Sul
Que colhi pelos caminhos

Fatos e fotos arquivados na memória
Que se desprendem pouco a pouco
Como favos de mel.
Formando uma grande poça de saudade.

 


Publicado por Memórias de uma abelhinha de Irati em 01/04/2017 às 17h08
 
31/03/2017 21h39
A Bicicleta e a Radionete

QUANDO CRIANÇA, SONHAVA TER UMA BICICLETA, DESDE QUE VI NUMA FOTONOVELA DA REVISTA CAPRICHO, UMA MENINA CHAMADA ANABEL,PEDALANDO SUA BIKE.
FIQUEI SONHANDO EM TER UMA DAQUELAS UM DIA..
SEMPRE SONHEI MAIS ALTO DO QUE PODIA ALCANÇAR, COMO TODA CRIANÇA, MAS AQUELA BICICLETA ERA MAIS QUE UM DESEJO, SENTIA NECESSIDADE DELA,PRA ME SENTIR LIVRE PRA PASSEAR.
FOI SOMENTE SONHO MESMO,POIS ELA NUNCA VEIO......
ENTÃO SÓ ME RESTOU OUSAR APRENDER, NUMA MAGRELA MAIOR E MESMO PEDALANDO POR BAIXO DO CANO,DEPOIS DE MUITOS TOMBOS,CONSEGUI FINALMENTE.

É ESTRANHA A SENSAÇÃO DE VITÓRIA DEPOIS DISSO TUDO.

JÁ NÃO  MAIS SONHAVA COM UMA SÓ PRA MIM, O IMPORTANTE FOI O DESAFIO DA CONQUISTA VITORIOSA;
NA VIDA MUITAS VEZES, DESEJAMOS ALGO QUE PARECE IMPOSSÍVEL CONSEGUIR,MAS SEMPRE APARECEM ATALHOS QUE NOS CONDUZEM AOS MESMOS OBJETIVOS, COMO A BICICLETA QUE NUNCA TIVE.
POREM ISSO NÃO ME IMPEDIU DE APRENDER A PEDALAR COM SEGURANÇA PELA VIDA AFORA.
DIRIA QUE NÃO EXISTE UMA FÓRMULA MÁGICA PRA REALIZAÇÃO DOS SONHOS, MAS SER PERSEVERANTE É FUNDAMENTAL

UMA RADIONETE INESQUECÍVEL

NOS DIAS DE HOJE ELA SE TORNOU OBSOLETA,SEM MAIS VALOR DIANTE DE TANTA MODERNIDADE,MAS NOS ANOS 60,QUEM TINHA ESSE APARELHO, SENTIA A IMPORTÂNCIA DAQUELA CAIXINHA MÁGICA, QUE DESTILAVA MÚSICA E INUNDAVA A VIDA DE SONS..
AS DIFICULDADES ERAM TAMANHAS, QUE PRA SE TER UM RADINHO, POR MENOR QUE FOSSE, CAUSAVA INVEJA NAS PESSOAS.
ASSIM FOI COMIGO TAMBÉM.
GOSTAVA TANTO DE OUVIR MÚSICAS, MAS O RADIO DA FAMÍLIA FICAVA TRANCADO NUM ARMÁRIO,QUE MEU PAI BATIZOU DE 'BIBLIOTECA''
MUITAS VEZES FIQUEI TORCENDO PRA QUE ELE ESQUECESSE DE CHAVEAR A PORTINHOLA, NA ESPERANÇA DE PODER USAR O RADIO (DA MARCA PHILIPS)
RARAMENTE ISSO ACONTECIA E AQUELE RADIO PARECIA UM TESOURO INTOCÁVEL
ISSO ACONTECEU COMIGO NUMA ÉPOCA, QUE A TELEVISÃO ERA RARÍSSIMA NOS LARES E HOJE FICOU TÃO ACESSÍVEL, QUE ATE PODE PREJUDICAR NA FORMAÇÃO DAS CRIANÇAS,QUE DEIXARAM DE BRINCAR DE RODA E OUTRAS BRINCADEIRAS COMO LENÇO ATRAS...
ALGUMAS VEZES, ATÉ EMPRESTEI DA AMIGA MARICA, SEU RADINHO PRA ESCUTAR A NOITE E NO DIA SEGUINTE, LEVAVA DE VOLTA PRA FARMÁCIA.
A RADIONETE CHEGOU TEMPOS DEPOIS, QUANDO  JÁ COMPLETARA 18 ANOS ,COMPRADA NA LOJA  AUTO IRATI.
A PARTIR DE ENTÃO ,NUNCA MAIS FIQUEI SÓ, NOS TORNAMOS INSEPARÁVEIS PELA VIDA AFORA,CARREGANDO AMBAS UMA A OUTRA...
EU A CARREGAVA NOS BRAÇOS E ELA INUNDAVA MINHA ALMA DE NOTAS MUSICAIS.


Publicado por Memórias de uma abelhinha de Irati em 31/03/2017 às 21h39



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