Memórias de uma abelhinha de Irati

Tudo vale a pena quando a alma não e pequena

Textos


Agora dize-me pequena amiga se não é verdade que gostas de passear sozinha por estradas desertas.
Vês ali um recanto delicioso :
álamos,e bétulas formam em fila dupla, um refugio de paz,de amor e de silencio.
Nos lados as valas que na primavera estão repletas de água,que escorre cantante,em meio a cílios esbugalhados de margaridinhas e não-te-esqueças-de-mim.
Mas  convida- te também o descanso num terraço florido,  que descortina as verdes ondas do mar ou um lago azul e em noites de lua cheia,quando no outono o céu resplandece de estrelas,  gostas de velar os cotovelos no parapeito compondo sentidos versos de amor, com os cílios umedecidos de lagrimas.
Porque choras? não o sabes...
Há em ti algo que necessitas de desafogo
Amanhã quando estiveres com teus irmãos e amigas serás novamente alegre sem medidas,mas hoje tem vontade de chorar...
És como foram as meninas do seculo dezoito e como serão as meninas de amanhã, quando o dia de hoje será para ti ontem,pois ainda que existam diferenças entre um seculo e outro, a mulher do seculo dezenove seja desembaraçada e mais atrevida,no fundo da alma é sempre uma criatura sensibilíssima e sonhadora.
A melancolia é um sofrimento intimo e muito doce que nasce no interior e se manifesta em rios de lagrimas.
É o tempo em que a própria musica te faz sofrer,mas o soluço do violino ouvido em horas de silencio e solidão, te faz verter lagrimas.
Bem como acontece quando ouve uma canção de suave nostalgia
E dos poetas, escolhes o que mais tocam sua sensibilidade.
 
 
Memórias de uma abelhinha de Irati
Enviado por Memórias de uma abelhinha de Irati em 20/04/2017


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