07/02/2019 18h37
Confesso que vivi
Dizem que no final da vida, costuma passar um filme da nossa vida.Se é verdade ainda não sei e espero demorar pra saber, porem revejo a minha vida toda como num filme colorido. A riqueza dos detalhes são tão límpidas,que as vezes me assombro. É como se estivesse vivenciando tudo novamente.Naqueles áureos tempos da minha infância, as mulheres não precisavam estudar muito e ouvi isso da boca do meu pai,,quando eufórica cheguei em casa contando que iria ganhar uma bolsa de estudo,pra continuar estudando no Colegio Nossa Senhora das Graças.Sonhava ser uma Normalista um dia.Queria ser professora e o máximo que consegui foi ser Professora da vida. Ao chegar em Curitiba aos 30 anos, fui fazer o segundo grau no Colégio Positivo e fui recompensada com uma bela premiação de primeiro lugar num concurso literário Palavra Viva. Valeu assim todos os esforços e toda luta por um lugar ao sol. Um dia essa memoria se apagará pra sempre e o vazio tomará conta de mim,mas confesso que vivi, parafraseando Pablo Neruda. Hoje posso até esquecer por momentos onde coloquei uma chave,mas lembro com perfeição de detalhes,lugares,imagens e cores, do tempo de estudante. A visão esta ficando cada vez mais fraca,porem ficaram gravadas na retina,lembranças e imagens coloridas.Tenho histórico do mal de Alzheimer na família e sei também que não serei poupada um dia,mas até lá vou lembrando. Como lembro do caminho da escola... Pra chegar no Duque de Caxias, era preciso caminhar muito todos os dias e pra cortar caminho, costumava ir pelo morrinho,um atalho perigoso pra uma criança subir. Chegava cansada mas feliz por mais um dia de aprendizado.Logo no corredor encontrava a Dona Cidália,sempre sorridente e atenta as peraltices da criançada .Dona Mercedes era a Diretora e Rosemari a professora das aulas de musica,minha preferida. Eventualmente, alguns nomes e rostos que a memoria já apagou... Mas os que restaram, por certo ficaram abrigados no meu coração, por todos esses anos, tal como a imagem da minha xara Mirian Cordeiro. Iara Duzcezack. Alaide Kubalski,Suzana Strujack,Nilde Zarpellon,Norma Vander Larrs, Ronilda Neves irmã do Ronaldo, Clarice Saboia irmã da Cleusa e da Clio, Maria da Gloria Oliveira,irmã da Maria da Graça ,Dalzira Dorneles,Leda Mara Camargo,Gladis Bini,Alice Chami irmã do Ademar, Sonia Sadock de Sa a filha da dona Ligia,que tinha um salão de beleza, Marilena Azevedo irmã do Orlandinho,Luiza irmã da Lidia coruja, Aida Pavia filha do Arrigo, Onice Rigoni filha da Dona Gema e do seu Bepe ,Maria de Lourdes Sampaio e Vera Lucia que moravam perto da Casa Brasil e a Laura,,que esqueci do sobrenome, porem não do seu rosto. Cezar Ferreira o irmão do Celso,Eduardo Canziani, Amim e Valdir AbillRus, Rubens Staniescki Augusto Guerreiro, Edson Stelle Teixeira,Luiz Alberto de Carvalho o menino cantor... Antonio João Bini, Raul Zeni,Bruno Rotta Junior irmão do Emilio e da Inez , Douglas Bittencourt irmão do Donir, Odair Mosele Dorival Ribeiro, Agostinho Zarpellon,Angelo Baggio e meu primo Juarez Viante. Das mestras querida lembro da Dona Isaura mãe da Marcia, Dona Auri mãe da Aglair, Neuza Orban filha da minha madrinha Julia, Aide Reis, Maria Pessoa e as duas Avani (Caggiano e Martini Sebastião) Canção da despedida Dizendo tristemente adeus A minha escola vou deixar Partindo levarei saudades Já com saudades parto a chorar Da mestra boa e carinhosa Guardo gratas recordações Deixando a ela no meu pranto Provas sinceras de gratidão Quando lá bem distante Da terra onde nasci Recordarei saudosa A velha casa onde aprendi. Memorias de uma abelhinha de Irati Publicado por Memórias de uma abelhinha de Irati em 07/02/2019 às 18h37
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