Memórias de uma abelhinha de Irati

Tudo vale a pena quando a alma não e pequena

Meu Diário
01/08/2017 18h34
Caneta de pena...que pena

Sou de um tempo em que ainda se escrevia com caneta de pena  tinteiro molhadas no tinteiro,com ajuda de um mata borrão, pra consertar os borrões Inevitáveis.

Era quase uma aventura escrever uma carta pra alguém naqueles tempos tamanha a dificuldade pra manejar com habilidade. aquela caneta.

Valia a pena(?)

Sim,sempre valia a pena,pois o habito de se trocar cartas era quase uma necessidade de interagir com alguém, como a dizer:

:- estou aqui não te esqueci e a resposta vinda depois, trazia alento ao coração saudoso,com a certeza de que não fora esquecido e valia a pena escrever de novo,através daquela pena, tantas vezes fossem necessárias e o carteiro, como um  pombo-correio, sentia -se feliz em ser a ponte entre as pessoas que se queriam  bem como amigos,parentes,namorados e até mesmo desafeto, porque não?

Hoje toda essa transação se faz através das redes sociais,numa troca fria,sem olho no olho,sem aperto de mão e muito menos sem o sorriso bonachão de um carteiro, que até virou sucesso na voz dos irmãos Carpenters cantando mister Postman.

Se pudesse escolher voltar pro passado, voltaria sem duvida só pra pegar de novo, aquela  velha caneta de madeira, surrada pelo tempo,dentro do velho tinteiro mas sempre disponível, pra mandar e receber boas noticias entremeadas de algumas não tão boas, mas que ate chegarem  ao destinatário,perdiam um pouco da aridez da notícia, embaladas pelo suave perfume daquela tinta azul ou preta pois cor é sempre cor. 

Nostalgia? 

Realidade....


Publicado por Memórias de uma abelhinha de Irati em 01/08/2017 às 18h34

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