Memórias de uma abelhinha de Irati

Tudo vale a pena quando a alma não e pequena

Meu Diário
09/07/2017 11h02
Edificio Boticelli...

Foi lá que no ano de 1988, a felicidade bateu na porta, vestida de cor- de -rosa.

Fazia já um ano e oito meses que chegara o primeiro pacotinho vestido de azul e agora, nova criança estava a caminho. 

Ficamos todos surpresos,afinal já fora tão difícil ganhar o primeiro filho,dificultado pela idade.

Foi a maior emoção da minha vida, eu que já era tão grata a Deus por ter me concedido aquele primeiro filho, agora mais grata me tornava, pela oportunidade de ser mãe novamente.

Acredito que a primeira gravidez é marcante por ser uma  marinheira de primeira viagem, mas a segunda é bem mais, porque nos permite botar em prática, a experiencia adquirida...

Ela chegou vestida de rosa pra fazer a diferença, pois desde muito bebezinha, teve que fazer uma cirurgia de hernia e graças a presença do Dr Miguel em nossas vidas, tivemos condição de superar todos aqueles momentos tão difíceis,pois ele providenciou tudo e acompanhou a cirurgia daquela menininha que aprendeu chama-lo de tio Miguel ate hoje..Ele foi uma benção divina em nossas vidas e saudosamente lhe prestamos essa homenagem póstuma.

Sempre ouvi da minha mãe,que Deus dá a sina, mas não tira a sorte....

Encontrar o Miguel Pessoa depois de tantos anos como pediatra, foi uma grande sorte, pois desde o fechamento da Farmácia Pessoa em Irati,,nunca mais o vi..

Encontrei-o por acaso,quando procurava um medico pediatra no bairro das Merces,onde morava na ocasião e até pensei que o consultório era do seu tio,que  era pediatra tambem..

Grande foi a surpresa,eu o reconheci na hora, ele demorou a me reconhecer,mas ambos éramos conterrâneos e a amizade perdurou.

Tornou-se medico da família...

Havia  ali uma grande amizade do passado reforçada pelo presente através da arte plástica,pois como meu esposo,ele, alem de medico, também pintava suas telas, com paisagens iratienses.

Um dia perguntou o porque dos nomes Victor Hugo e Dominique...

Ela, pela música francesa, ele pelo romancista também francês, pois sempre fui apaixonada pela França e isso explicava tudo, respondi. Ele  também tivera dois filhos e gostaria de ter tido uma filha pra chamar de Elisabete.

Sua irmã Tereza Cristina tinha uma filha chamada Letícia,sua mãe Matilde já falecera e seu irmão Jeca também.

Reencontros assim só acrescentam na vida e nunca mais deixamos de nos falar, até o seu falecimento repentino.

Certamente que a nossa amizade perdurará pra sempre.


Publicado por Memórias de uma abelhinha de Irati em 09/07/2017 às 11h02

Tela de Claude Monet
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