Memórias de uma abelhinha de Irati

Tudo vale a pena quando a alma não e pequena

Meu Diário
30/06/2017 22h15
E de repente...

A vida me ofereceu a oportunidade de mudança, e com a separação dos pais, tornei-me arrimo de família;
Chegando á capital,como alguém que vem do interior sentindo-se perdida em meio a tudo, tão diferente da aconchegante cidade natal.

O medo do desconhecido, foi superado com muita garra,esforço e coragem,pois não podia nunca esmorecer.
Trabalhei e muito, dia e noite nos plantões da Telepar e hoje já posso dizer:
- Vim,vi e venci.

Porém aconteceu que, diante da insatisfação da minha mãezinha,que não conseguia se acostumar e queria regressar a Irati,,perdi o emprego que tanto nos ajudava sobreviver, e a partir dali, amarguei muitos dissabores,enfrentando novas filas em busca de emprego,depois que o regresso dela não aconteceu.
Ia diariamente ao centro da cidade,as vezes até a pé por não ter o dinheiro da condução, pois tudo que ganhara no acordo da Telepar,ajudara a família,afinal estavam todos sob minha responsabilidade.
Fui duramente testada pela vida,que sempre me impulsionou a ir em frente encarar de forma que,se alguma coisa não desse certo,pelo menos havia tentado. Contudo houve momentos de desesperança,a ponto de tentar fugir da vida, num momento de total desespero

Deixei um bilhete de despedida e sai sem rumo,mas acabei voltando, disposta a continuar lutando.,pois só os fracos se rendem ante o suicidio.. 

Erguendo a cabeça segui em frente,busquei novos caminhos atraves dos estudos e assim superei tantos dissabores.
E foi pensando assim,renovada pela esperança, que  voltei a estudar dali uns tempos, pra concluir o segundo grau, 20 anos depois.

Guerreira sempre fui,guerreira continuo sendo até hoje.


Publicado por Memórias de uma abelhinha de Irati em 30/06/2017 às 22h15

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