Foi durante a Copa do Mundo em 74 que fui trabalhar nas Lojas HM,então uma potencia no ramo de vendas,com filiais pelo Brasil afora.Cheguei a ficar impressionada com todo aquele império macediano,onde tudo era perfeitamente ajustado, conforme a função de cada funcionário..
Alem do aparente zelo dos seus diretores, pela empresa que mais crescia na época no Pais.
Senti - me uma formiguinha naquele enorme formigueiro gigante,mas aos poucos fui me adaptando as novas regras.
Minha função de telefonista me permitia trabalhar somente 6 horas diárias, segundo a Lei do trabalho com relação aos trabalhos considerados insalubres e ser telefonista, era um deles,porem cumpria expediente de 8 horas pra ganhar horas extras.
As amizades que conquistei fazendo essas duas horas no escritório de contabilidade, do seu João Pereira,,jamais esquecerei que algumas duram ate hoje,como a Amélia,Ilda,Neide e Zeni.
Amigos do Hermácia
Era ali o ponto de encontro dos Hermacianos, comandado pelo Gil.
Todos os dias ali se reuniam pro almoço, os que traziam suas marmitas caseiras, e ate mesmo um agradável bate papo entre amigos,que eram requentadas pela Guida,que comandava o fogão..
O ambiente tinha um ar caseiro como se uma grande família, ali se reuniam pro almoço e grandes amizades duradouras ali nasceram e perduram ate hoje,como Sueli e Malu..
Amélia sempre me ciceroneando nos passeios programados pelo Hermacia como aquele passeio á Caverna do diabo em Iguape,onde nos divertimos rindo da viagem, regada a ovo cozido.
Ela era a Mé...Eu era a Mi
Era assim que nos chamavam...
A Sueli estava sempre apreensiva com seu paquera Ditzel, um iratiense também Hermaciano..
Certa vez pediu que escrevesse um ‘’rascunho ‘’de carta pra ele,pois tinha certa dificuldade pra se expressar e eu nisso ,sempre fui assim requisitada.
A Malu era uma pisciana como eu,acabara de casar com o Enio da Petrobras e sorria de felicidade na sala hermaciana.
E a Ilda, a mineirinha de Araguari...
Foi uma das ultimas a entrar na Empresa HM,mas conquistou a todos na chegada, com sua simpatia.
De repente conheceu o Norberto, também Hermaciano e.são felizes ate hoje no Ribeirão da Ilha em Floripa, onde os visitei, sendo muito bem recebida por ambos.
Coincidentemente já conhecia ele dos tempos da farmácia Pessoa,quando ele era representante de um laboratório de medicamentos.
Foi ali também que conheci a Vandinha, que mais tarde viria ser minha cunhada, porem bem antes disso, conheci um radialista, galante e gentil, que costumava levar-me flores na hora da saída, antes de me levar pra lanchar na antiga galeria Groff, no calçadão da 15 de Novembro, num ambiente clássico cultural da época.
Foram tantos os amigos Hermacianos, que ainda lembro de todos um por um,mas impossível seria relacionar a todos, como o gaúcho Flavio Rogério que torcia pelo Grêmio de Porto Alegre e tentava me converter,pois eu era Internacional.l
E tinha o Toninho,rapaz sorridente que pediu dispensa pra passar o carnaval no Rio e nunca mais voltou, pereceu num acidente de ônibus quando voltava.
Enfim...
Por todos os lugares deixei amigos e saudades.