16/04/2017 09h51
Silencio e solidão
Agora dize-me pequena amiga se não é verdade que gostas de passear sozinha por estradas desertas. Vês ali um recanto delicioso : álamos,ebétulas, formam em fila dupla, um refugio de paz,de amor e de silencio. Nos lados as valas que na primavera estão repletas de água,que escorre cantante,em meio a cílios esbugalhados de margaridinhas e não-te-esqueças-de-mim.Mas convida- te também o descanso num terraço florido que descortina as verdes ondas do mar ou um lago azul e em noites de lua cheia,quando no outono o céu resplandece de estrelas, gostas de velar os cotovelos no parapeito compondo sentidos versos de amor, com os cílios umedecidos de lagrimas. Porque choras? não o sabes...Há em ti algo que necessitas de desafogo Amanhã quando estiveres com teus irmãos e amigas serás novamente alegre sem medidas,mas hoje tem vontade de chorar... És como foram as meninas do seculo dezoito e como serão as meninas de amanhã, quando o dia de hoje será para ti ontem,pois ainda que existam diferenças entre um seculo e outro, a mulher do seculo dezenove seja desembaraçada e mais atrevida,no fundo da alma é sempre uma criatura sensibilíssima e sonhadora. A melancolia é um sofrimento intimo e muito doce que nasce no interior e se manifesta em rios de lagrimas. É o tempo em que a própria musica te faz sofrer,mas o soluço do violino ouvido em horas de silencio e solidão, te faz verter lagrimas. Bem como acontece quando ouve uma canção de suave nostalgia E dos poetas, escolhes o que mais tocam sua sensibilidade. Publicado por Memórias de uma abelhinha de Irati em 16/04/2017 às 09h51
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