Memórias de uma abelhinha de Irati

Tudo vale a pena quando a alma não e pequena

Meu Diário
10/04/2017 07h11
Conversa de amor...

SENTI...

SENTI DEMAIS, DESESPERADAMENTE
DEPOIS CHEGOU O TRAUMATISMO,O CORAÇÃO A DOER NUM DOER LENTO,CASTIGADO.
O SEU NOME, TUDO QUE SE LIGAVA A VOCE, PASSOU A PONTO DOLOROSO A MACHUCAR A CICATRIZ,CALCANDO-A.
VONTADE DE GRITAR, DE ANUNCIAR AO MUNDO;
NÃO PRONUNCIEM SEU NOME,NÃO INDAGUEM O QUE É FEITO DELE
FAZ DE CONTA QUE SE DISSOLVEU NO AR,PERDEU=SE NO DESTINO EFÊMERO DAS BOLHAS DE SABÃO

DEIXEM QUE O ESQUECIMENTO CHEGUE,EU SEI QUE A ANGUSTIA PASSARÁ, ASSIM É A VIDA IMPLACÁVEL.
O NOSSO AMOR TÃO BONITO TERÁ O DESFECHO TRIVIAL DOS FATOS CONSUMADOS, SUPERADOS...
UM DIA PODEREI COMENTAR, TALVEZ SORRINDO, SEM MÁGOAS NO CORAÇÃO:
- COMO FUI LOUCA

CERTA MANHÃ ACORDAREI LIBERTA.

MANHÃ IGUAIS AS OUTRAS;
O CÉU AZUL EM LUMINOSIDADE; A  EXISTÊNCIA SE TRANSFORMARÁ EM DÁDIVAS DOS DEUSES.
O APELO RENOVADO CHEGARÁ AOS MEUS SENTIDOS E ENCONTRARÁ ECO -

QUANDO?
AH SE SOUBESSE NÃO SOFRERIA TANTO,PODE SER HOJE, AMANHÃ OU NUNCA.
ACONTECERA DE REPENTE, DE FORMA INESPERADA, AO DOBRAR UMA ESQUINA, AO OLHAR UMA FLOR DESABROCHAR, AO OUVIR UM SORRISO PURO DE UMA CRIANÇA.
E ENTÃO EXCLAMAREI:
- PARTIRAM-SE AS ALGEMAS, ESTOU LIBERTA,
DEVEREI RIR OU CHORAR?

 


Publicado por Memórias de uma abelhinha de Irati em 10/04/2017 às 07h11

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