Memórias de uma abelhinha de Irati

Tudo vale a pena quando a alma não e pequena

Meu Diário
27/02/2017 07h12
A tragédia do Nêgo

Tão triste quanto foi perder o banhão num acidente,foi a tragedia que num final de tarde abalou nossa pequena aldeia,quando o Nego partiu de forma trágica. Era um rapaz ainda tão jovem que parecia estar sempre de bem com a vida,tocando seu violão em frente sua casa.
Sempre todos os dias por ali passava e ouvia o som melodioso da ultima canção do Paulo Sergio
O bairro todo foi tomado de dor e tristeza,afinal esse fora o único caso de suicídio ali,onde era muito comum as pessoas morrerem de doenças pela falta de recursos e então parecia que toda semana tinha um enterro de alguém,principalmente dos ''anjinhos''que não sobreviviam
Nêgo porem,era um rapaz saudável,,muito simpático,mas fechado em si mesmo.
Parecia viver num mundo á parte, e o único elo era a música,que tocava e cantava, quem sabe, pra conquistar o coração de alguém. Não conseguindo, desistiu da vida de forma trágica e chocante.

Até hoje, ainda consigo ver, através da memória, o corre-corre das pessoas a gritar:: O Nêgo morreu!Como toda curiosa, também corri,e ao entrar naquela casa,senti no coração toda tristeza e dor daquela mãe, sentada em frente ao quarto do filho, segurando seu violão e o seu pai, ajoelhado,rezando pela alma do filho querido, que inesperadamente se despediu da vida,enquanto aguardavam a chegada de ajuda pra remoção.A partir de então,ficou  cada vez mais triste passar em frente da casa do Nêgo, pois parecia que a qualquer momento,ele apareceria com seu violão a tiracolo,cantando de novo a ''Última canção.''

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Publicado por Memórias de uma abelhinha de Irati em 27/02/2017 às 07h12

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