Sempre que ia na Loja do ''seu João Stoklos, passava em frente ao Sesi, na Rua Munhoz da Rocha.
Atras daquele balcão, sempre estava o ''seu Barbosa, que era João tambem.
Era um senhor muito simpático, me cumprimentava sempre sorrindo.
Um dia, entrei por curiosidade e perguntei se tinha a revista Sesinho, e ele gentilmente me explicou, que só recebia a revista uma vez por mes.
Já ouvira meus colegas do Duque falar, sobre a historia do João Bolinha e não descansei, enquanto não ganhei aquela revistinha.
A figura do boneco João bolinha, nunca esqueci,era um personagem feito de bolinhas da cabeça aos pés, que sempre deixava uma mensagem pra criançada.
A partir dai, fiquei freguesa do ''seu Barbosa e tôdo mes, estava lá pedindo um novo exemplar.
Perto dali ficava a Livraria Martins,que fazia fundos com a linha do trem.
Parecia um paraíso pra mim, de tantas revistas que tinha.
Ficava lambendo com os olhos, como se dizia antigamente,quando não se podia ter alguma coisa
Pato Donald era o meu favorito, e o Gansolino, sempre dorminhoco, levando bronca da vovó Donalda, que dirigia seu carrinho com elegância.
Gostava tambem da Minie e da Clarabela, do huguinho, luizinho e zezinho.
Um dia ao voltar da escola, passei pelos fundo da livraria e desconbri uma mina preciosa,que nunca mais deixei de explorar,catando as revistas que a gráfica jogava fora, por estarem com algumas falhas de impressão.
Minha paixão pela leitura sempre foi acentuada, pela vida afora foi assim, pois desde os primeiros anos de escola, o momento mais esperado, era o dia da aula de leitura,onde na biblioteca,conduzidos pela Professora Aidê Reis, podia ler, ouvir e contar,todas as historinhas, que mexiam com a imaginação de tôda criança.
A leitura nos dias de hoje, estão rareando;
Um livro aberto, fecha a porta á ignorância.