Memórias de uma abelhinha de Irati

Tudo vale a pena quando a alma não e pequena

Meu Diário
15/02/2017 23h57
Luar sobre um rio de mel

Magia...encantamento

Quando a lua surgia no céu, resplandecia na colina.
Como chuva de prata,cobria toda cidade
E nesses momentos, a voz da minha mãe ressoa dizendo:
Tá um luar que é um dia!

Deitada na grama, me vejo olhando o céu ao lado do meu pai
que em noites assim brilhantes,buscava no ceu sinais dos tais Sputnik
Era um observador nato, acreditava em novos mundos habitados.
Eu por meu lado, só admirava aquela lua bailarina dançando lá no céu.
Me enchia de esperança. que ela ficasse pra sempre bailando
enfeitando as noites peroladas da cidade.

Dentro de casa, já então deitada,ficava recebendo ainda seus raios, que teimavam em vazar, pelas frestas das paredes. 
Então lembrava da canção, que o poeta escreveu um dia:
''A porta do barraco era sem trinco
 mas a lua furando nosso zinco
Salpicava de estrelas nosso chão.'' 

Ainda hoje, quando vejo a lua no céu, me emociono.
Por saber que ela ainda é a mesma lua, que invadia o meu quarto na infância.


Publicado por Memórias de uma abelhinha de Irati em 15/02/2017 às 23h57

Tela de Claude Monet
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