Memórias de uma abelhinha de Irati

Tudo vale a pena quando a alma não e pequena

Meu Diário
04/02/2017 20h34
Festa do divino

Sempre no mes de junho,a pequena aldeia do Aleixo, ficava alegre e festiva, com a festa do Divino.
A familia  era de ''nha Julia e ''nho Irineu, na sua modesta casa,onde tinha um limoeiro,do qual saia doces limonadas pra garotada.
Com a bandeira do Divino hasteada, começavam a rezadeira, com distribuição de prendas entre os convidados, afim de arrecadar ajuda pra proxima festa
Curiosa,sempre ficava espiando aquele andor,com um pássaro em cima,que representava o Espirito Santo.
La pelas tantas, começavam a cantar e a louvar o Divino, e aquele coral de vozes desencontradas,causava o riso da garotada
Nunca pude entender direito aquela cantoria,mas a alegria de ver a carroça do seu João Vellozo e do Tio Ticão, chegando com os cavalos enfeitados com fitas coloridas, se tornaram eternas
Dona Julia e ''Seu Irineu, comandavam a reza e os demais repetiam o refrão.
No final da rezadeira, o andor era colocado em lugar de destaque, e começava o bingo,pra arrecadar fundos pra próxima festa do Divino Espirito Santo.

Essa era a unica vez,que a pacata ruazinha se transformava numa rua festeira, fazendo a alegria da criançada e alimentando a fé dos mais velhos.


Publicado por Memórias de uma abelhinha de Irati em 04/02/2017 às 20h34

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