Memórias de uma abelhinha de Irati

Tudo vale a pena quando a alma não e pequena

Meu Diário
30/01/2017 19h56
Minha vida

 

 

No mutismo me escondia na infância, demorei calada, silenciosa, pensativa.

Seria uma defesa pra buscar forças, para as dificuldades que viria a ter no futuro?

Não sei... Só Deus sabe, mas aquela garotinha cabisbaixa, ao crescer transformou-se num ser falante, quando se transformou em telefonista,por força das circunstancias.

Doces lembranças da infancia vêm à tona:

 Cheiro do feijão com arroz feitos no velho fogão de lenha, o mesmo fogão que nos dias de frios nos aquecia enquanto assava os pinhões  em cima da chapa quente

O puxadinho da casinha cor de rosa, chamado de quartinho, meu primeiro quarto só meu, onde podia me refugiar nos momentos de solidão.

As brincadeiras de rodas ao luar, o vai e vem no Duque de Caxias, em busca do saber, que ate hoje norteia minha vida.

Mas a mais doce das lembranças que carrego, é a imagem do meu pai tocando seu clarinete e eu cantando, juntos e irmanados pelo prazer da musica que nos unia.

A música, sempre foi presença forte na minha vida, desde pequena, quando ouvia minha mãe cantando ,pra me alegrar, e só através dela, que fui perdendo a timidez, a ponto de subir num palco e carinhosamente cantar pra ela uma canção que tanto gostava:

Filme triste.

Amo minha vida porque através dela, pude conhecer e amar vocês, meus pais.


Publicado por Memórias de uma abelhinha de Irati em 30/01/2017 às 19h56

Tela de Claude Monet
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