Memórias de uma abelhinha de Irati

Tudo vale a pena quando a alma não e pequena

Meu Diário
29/01/2017 23h16
Um novo ciclo


Começa um novo ciclo de vida, onde pretendo e vou conseguir publicar minhas memórias de vida, sob o titulo ''Memórias de uma abelhinha de irati''
Reconheço que a tarefa não será facil, visto que são muitos os problemas, que me impedem de sentar e escrever, porem minhas memórias,aliadas as da minha mãe,porque muitas coisas me foram contadas por ela,não podem se perder no tempo.
Bem sei que quanto mais demorar pra escrever,mais corro risco de esquece-las.
Vou dedicar uma parte do resto dos meus dias,a esse projeto, que tenho em mente ha tanto tempo,e, um dia após publicar,poderei enfim dizer:
- Passei pela vida,plantei uma arvore, tive filhos e escrevi um livro, que retrata a minha historia de vida, cheia de percalços, amarguras, decepções, mas repleta de amor e coragem na vida, como toda Maria, pois Mirian é Maria tambem, e como uma Maria, sou assim, corajosa pra enfrentar o que der e vier, com muita garra e  fé na vida.
Confio em Deus nessa tarefa, pois do homem pouco posso esperar, a não ser que um dia parem e leiam minhas memórias;
Acho que,quanto mais a vida nos maltrata,mais devemos acaricia-la.

A vida se renova a cada instante,bem como o céu não é sempre o mesmo todo dia,como dizia o raulzito,em uma das suas canções,que fala de um trenzinho.
Isso é confortador,porque nos traz a esperança de dias diferentes em cada amanhecer.

Quem visse aquela menininha de outrora,que sonhava em um dia ser professora,que ao voltar da escola,trazia restos de pedacinhos de giz,que catava no lixo da sala do grupão,o seu Duque de Caxias.
Sentada de cócoras e com os toquinhos, na fazia ali seus deveres para casa ,no velho fogão de lenha,e quando faltava giz,eram os toquinhos de carvão que usava.
Foi aos 4 anos que ganhou dos seus pais uma festinha de aniversário,primeira e única festa em toda sua vida.
Teve até um bailinho,tocado pelo ''seu lóca,pai do luiz mico,no violão,o ceguinho tião na sanfona e o meu pai no clarinete.
Contou minha mãe ,que fiquei  tão feliz que ate saracotiei, dançando as musicas tocadas pelos vizinhos.
Foram anos regados a felicidade de ser a primeira filha, e a atenção era total.
Meu pai  me chamava de santuca e sempre costumava me contar a historinha da linda flor,que era assim:
- Era uma vez uma linda princesa, num castelo distante ,que se apaixonou pelo principe encantado,porem o rei não permitia que a filha fosse embora do reino.
Então o principe resolveu roubar a linda flor e disse que ela deveria ir `´cuspindo´´pelo caminho,montada na garupa do seu cavalo, e que a cada chamada do rei,o cuspe responderia:
-Senhor.
E assim,foram se distanciando cada vez mais do castelo ,e viveram felizes para sempre.
E no final meu pai sempre repetia:
- Acabou a historia,morreu a vitoria,quem quiser que conte outra...
Depois vieram mais 7 filhos e o meu reinado acabou tambem.


Publicado por Memórias de uma abelhinha de Irati em 29/01/2017 às 23h16

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